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espiral

“Se estamos numa época ‘pós’ e ‘multi’, se há tempos é impossível instalar-se no marxismo, no estruturalismo ou outra coisa como se fosse a única, o trabalho conceitual precisa aproveitar diferentes contribuições teóricas, debatendo suas interseções”

              (Nestor García Canclini – Diferentes, desiguais e desconectados)

 No ano de 2013 o Laboratório de Imagem, História e Memória – LABIHM da Universidade Regional do Cariri-URCA, completa 10 anos de atuação. Reformulado em 2010, ano em que adquiriu o atual formato, o LABIHM, surgiu do antigo grupo de História Social fundado em maio de 2003 com o objetivo de reunir um grupo de alunos e professores para estimular a produção de pesquisa e estudos de temas avançados entre seus membros. Durante esse período houve a formação bem sucedida de seus componentes (alunos e professores) que ingressaram em programas de especialização, mestrado e doutorado em várias universidades do país. Destaca-se ainda a produção historiográfica do grupo com a produção de dezenas de artigos, publicação de livros, teses e dissertações.As linhas de atuação do grupo concentram-se em três aspectos: os processos de espacialização do presente; entendidos em suas variadas configurações, físicas, simbólicas, espaços como ficção conformativa e/ou performativa; as formas de sensibilização temporal sob os quais os indivíduos e os grupos humanos significam o tempo, suas maneiras de interpretação entre projeções e retrospecções e, por último a dimensão política, compreendida como lugar de atuação dos sujeitos sociais em suas inúmeras atitudes de intervenção no cotidiano: festa, religião, família, relações afetivas, educação, morte, saúde, etnicidade, escritas da história, relações de gênero e mídias.A partir dessas proposições possivelmente, possamos considerar que pensar a contemporaneidade é justamente tentar compreender um mundo de comunidades que são obrigadas a operar traduções culturais em seus lugares de saída e chegada, num processo que nunca se completa totalmente. Lugares de experiência subjetiva, que criam memórias e narrativas de si e do outro. Espaços de significação que comportam por sua vez vários tempos, talvez, uma temporalidade intervalar que conjura a dispersão de vários signos e sensibilidades Assim sendo a escrita da história na contemporaneidade deve buscar novas respostas e atitudes frente aos desafios de um mundo cada vez repartido por profundas desigualdades sociais e culturais. A profusão de tais transformações alerta-nos que as várias áreas do conhecimento, mais do que construir muros entre os quais permanecem isoladas devem se especializar em construir pontes para o diálogo, pois, nenhuma delas é capaz, sozinha, de compreender um momento cuja característica mais nítida é a diversidade, seja ela étnica, religiosa, identitária ou política.

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